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Depoimento de Natália V.

‎”Oi, meu nome é Nathalia, moro no Rio de Janeiro, tenho 24 anos e fui criada na Igreja Adventista do Sétimo Dia desde os 7 anos de idade. Até os meus 15 anos, ia à Igreja 6 vezes por semana, para assistir cultos, vigílias ou ensaios do coral juvenil. Nunca fui obrigada a frequentar nenhuma reunião, eu era viciada em ir à Igreja, quando eu faltava, eu sentia que estava fazendo algo errado e me sentia mal por isso. Eu vivia a religião, pregava desde criança para 300 pessoas em média, dava estudos bíblicos, ganhava concursos sobre conhecimentos da Bíblia, participava de tudo. Com 14 anos, decidi estudar o ensino médio no UNASP II (interior de SP), para que eu estivesse num meio Adventista, fizesse amigos Adventistas, não sofresse influências más no RJ durante minha adolescência e me preparasse para “ir para o céu”. Contudo, sempre fui uma menina inteligente e com 16 anos aproximadamente, comecei a questionar muitos dogmas da religião. Foi aí que de

cidi pesquisar sobre temas que eu tinha medo até de falar sobre, como espiritismo, satanismo, macumba, etc. Com tantas pesquisas, me afastei cada vez mais da Igreja, tive síndrome do pânico durante 4 anos por ver minhas certezas serem destruídas e só sobrarem dúvidas e mais dúvidas sobre o universo e sobre o ser humano. Hoje, ainda sofro sequelas da lavagem cerebral que sofri desde criancinha. A Igreja Adventista é muito rígida e reprime fortemente a sexualidade e os impulsos sexuais. Masturbação é pecado, sexo anal e oral são pecados, sexo antes de casar é pecado, enfim, eu, como mulher deveria me manter pura e santa e reprimir qualquer desejo sexual antes do casamento. Com tanta repressão, desenvolvi um transtorno chamado vaginismo (mais informações em: (http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?445) e, ainda hoje, mesmo com vontade, não consigo permitir penetração em mim. A lavagem cerebral que sofri é algo que não desejo para ninguém. Falar sobre o ateísmo e lutar por uma educação laica no país é mais do que um dever para mim, é um ato de solidariedade para com pessoas que reprimem sua sexualidade, seus desejos e seus sentimentos, deixando de viver como um indivíduo pensante para existir como um seguidor de mitos, lendas e símbolos mal-interpretados por ignorantes sedentos por dominar a massa mais ignorante ainda.”
N.V.

Fonte: https://www.facebook.com/ATEA.ORG.BR/posts/487633817933872



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